São mais de dois anos desde que a pandemia da Covid-19 começou afetar países de todo o mundo. Nesse cenário, diversos setores foram fortemente impactados, mas a indústria do varejo e do consumo foram as que mais sofreram com os reflexos da crise sanitária. A velocidade das mudanças não disse respeito apenas às tendências do mercado, mas à readequação dos hábitos de compra para segurança das pessoas e os desafios da situação econômica que muitos brasileiros passaram a enfrentar.
No final de 2021, o Brasil passa por um grande processo de readequação para atender as expectativas e a nova realidade dos consumidores. E, apesar dos obstáculos que o coronavírus trouxe para muitos empreendedores, as consultorias e todo setor do varejo já vislumbram retorno à normalidade a partir do ano posterior.
As expectativas do varejo para 2022 é de crescimento e retomada do volume de vendas. Diante disso, que tal conferir alguns dos principais prognósticos e tendências que este ano traz para essa indústria? Confira análises das principais empresas especialistas e fique por dentro das melhores oportunidades para o seu negócio em 2022.
O cenário do varejo no Brasil
Há algum tempo, as transformações digitais têm implicado grande impacto no setor. A aceleração do e-commerce, por exemplo, é a indicação das mudanças de uso nos canais de venda. Essencialmente agora, as empresas precisaram recorrer à tecnologia para viabilizar a continuidade de suas operações e garantir vendas eficientes. Dessa forma, a união de todos os níveis da experiência de atendimento passou a ser tratada com maior e total importância, visando entregar boas ofertas, uma experiência integrada e uma jornada de compras otimizada.
No início do ano, a PMC – Pesquisa Mensal do Comércio, apresentada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou que o primeiro semestre de 2021 apresentou um crescimento de 12,26% em relação ao primeiro semestre do ano passado, momento em que a pandemia estava em seu auge. O crescimento aconteceu, principalmente, pela reabertura das lojas físicas e pela consolidação dos hábitos de compra online, que deu suporte para manter as vendas aquecidas durante o isolamento social.
Segundo a consultoria KPMG, 2022 deve ser um ano de reestruturação para o setor do varejo. As empresas continuarão em processo de adaptação de suas estratégias, principalmente em relação aos meios digitais e tecnologias, e o principal foco do planejamento dessa indústria estará no aproveitamento das oportunidades e das tendências que virão com o reaquecimento da economia.
Para o sócio Consumo e Varejo da KPMG, Fernando Gambôa, “a nova realidade exige que as empresas de consumo e varejo implementem estratégias de negócios para atingir o sucesso no próximo ano. Essas transformações serão necessárias e vão atuar de forma impulsionadora para que a demanda do setor continue aquecida”.
Nesse sentido, a empresa publicou uma relação com as principais tendências para a indústria de consumo e varejo no Brasil em 2022. Estes elementos estão diretamente conectados com as novas formas de consumo das pessoas e o momento de investimento que os varejistas precisam aproveitar. Confira!
Confira as 6 tendências para o varejo no Brasil em 2022
1. Os novos hábitos de consumo
A consequência mais evidente da pandemia no varejo foi a grande mudança nos hábitos de compra das pessoas. Essa prática levou muitos negócios a revisarem o uso de canais de venda tradicionais e reorganizarem suas estratégias de desenvolvimento. Os marketplaces passaram a ser o único espaço de compra na rotina dos consumidores e as companhias repesaram os cuidados atrelados ao uso das informações, controle de qualidade, segurança de dados, gestão de riscos e muito mais.
2. Cliente em primeiro lugar
A mentalidade de pensar no cliente como parte central do negócio já perdura há algum tempo. Essa questão está diretamente ligada aos fatores de experiência e jornada de compra. Em 2022, o varejo continuará investindo em ferramentas, processos e inovações capazes de impulsionar a chamada ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), traduzida como práticas que visam o meio ambiente, responsabilidade social e governança, e são ações que valorizam questões de engajamento sobre inclusão, diversidade e cuidado.
3. Segurança digital
Os últimos dois anos também foram marcados pelo crescente uso de dados e informações pessoais. Essa rotina trouxe riscos para todos os envolvidos no processo de compra e venda. E, por essa razão, as discussões e normas sobre a privacidade e segurança cibernética foram fortemente priorizadas. No próximo ano, os setores de TI nas empresas do varejo continuarão voltando suas atenções para a readequação de todas as questões de proteção do comércio digital a fim de garantir seu crescimento e a satisfação dos consumidores.
4. Processo de logística
Com o crescimento das compras online, o processo de logística também passou por mudanças. Desse modo, um dos grandes desafios do varejo atualmente é o controle e a expansão da qualidade de entrega dos bens de consumo. Os prazos de entregas cada vez mais curtos ou, no mínimo, no prazo estipulado, são requisitos mínimos para atender as expectativas de entrega.
5. Integração das plataformas digitais e local físico
Já era uma crescente tendência a migração dos canais de venda físico para os digitais. A pandemia do coronavírus acelerou a adequação destes meios. Ainda assim, os locais de venda físico não deixarão de existir — e inclusive já estamos revendo suas aberturas! —, mas será estritamente necessário que o varejo adote tecnologias que mantenham suas plataformas digitais integradas às lojas, seja para controles de estoque, atendimento assíncrono ou acesso às informações de clientes em qualquer unidade e canal.
6. Mudanças da jornada de compra e transformação digital
Por fim, vale lembrar que 2022 ainda será um ano com grandes transformações na jornada digital. O objetivo do uso de ferramentas e sistemas cada vez mais avançados é garantir uma jornada completa e satisfatória do início ao fim. As plataformas de vendas continuam em constantes adaptações e o varejo em contínuos ajustes sobre as estratégias de seus negócios.
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